[DBSK FanFic] "Paixoneta nas ruas de Tóquio" [PROJECTO TEMPORARIAMENTE SUSPENSO]

Paixoneta nas ruas de Tóquio

Pronto, pronto, decidi fazer a vontade à Nayomira e à Ariatas, e pus aqui o raio da FanFic! :-.-:
Eu pessoalmente não acho que esteja grande coisa, visto que só a escrevo para passar o tempo. Mas se viciei a Nayomira na minha FanFic e ela diz que vale a pena pôr aqui, não morro por causa disso, certo? xD
Ai meninas, vocês são mesmo.. Epah, nem sei! LOOL

Espero que gostem! (e que não adormeçam >_>)




Eu costumo fazer FanFics mais viradas para a comédia, e com um toque de drama / tragédia em certos pontos especiais, senão perco o interesse rapidamente. Tenho a minha ideia de como vai acabar, o meu problema é se consigo preservar o desenvolvimento. E visto que quando estarei em tempo de aula vai ser um horário apertado, não prometo actualizar DIARIAMENTE. No entanto, vou fazer os máximos para não abrandar muito.

Esta FanFic baseia-se numa rapariga de 18 anos que vai para o Japão ver o seu tio, que a chama com uma urgência extrema. Com base numa promessa de há três anos, a rapariga leva duas amigas de 14 anos consigo nas férias, para elas conhecerem melhor as ruas de Tóquio. Rapidamente descobrem que não só descobrem amigos japoneses, como também de outras partes da Ásia, mais exactamente da Coreia. E não são uns quaisqueres rapazes das ruas!
Ao longo da história, mistura-se comédia e um bocadinho de suspense, mais tarde demostrando um bocado de tragédia. E as raparigas apercebem-se que esta viagem vai ser bem mais do que umas simples férias alegres...




Um aspecto que acho giro nas minhas FanFics é que baseio SEMPRE os personagens principais em pessoas da vida real, sobretudo as personagens principais. Alguns são ficcionários, claro, porque não posso atribuir uma personagem a uma pessoa qualquer que veja nas ruas!

X Mariah Lilly Thomas (Nayomira, 18 anos)
X Melinda Warren (Eu; Munny, 14 anos)
X Katie “Pookie” James (Lorena, 14 anos)
X Park YooChun (Micky)
X Kim JaeJoong (Hero)
X Jung YunHo (U-Know)
X Shim Changmin (Max)
X Kim JunSu (Xiah)
X Yung LeeHo
X Flora McCann (Mariana)
X Yamada Hideki
X Takashi Yuko
X Sano Haruka (Lúcia)
X Murasaki Erika

BATO NA PRIMEIRA PESSOA QUE GOZAR COM OS NOMES! NÃO FUI EU QUE OS ESCOLHI, FORAM AS RESPECTIVAS PESSOAS! :-.-: :-.-:

São 3 da manhã. Mariah dá voltas e voltas na cama, sem grande vontade de adormecer. E para quê? Sabia até as pontas dos cabelos que daqui a poucas horas iria para aonde sempre tinha sonhado ir. O Japão. Mas de quê lhe serviria isso se adormecesse no carro a caminho do aeroporto e perder o avião? Tinha que aproveitar o pouco tempo que lhe restava para descansar os olhos.
Voltava-se para a esquerda. Voltava-se para a direita. Nem de costas conseguia adormecer. Desistiu, e sentou-se na borda da cama.

« Bolas, assim não chego lá! »

Mariah, no entanto, não costumava ter insónias em alturas destas, e sabia-o bem. Algo a impedia de dormir. Mas o seu cérebro não era mais do que uma bola de miolos completamente esgotada que implorava por umas horas de descanso, por isso não conseguia descobrir a razão da sua falta de sono.
Tentou localizar a porta, mas o quarto estava escuro como o breu, e de pouco lhe serviria ficar aí sentada à espera que a porta brilhasse. De repente, ouviu o estômago reclamar.

« Odeio estar acordada a esta hora de estômago vazio. Vou mas é comer alguma coisita leve e talvez isso me acalme um bocado. »

Saiu do quarto e caminhou de passinhos curtos pelo corredor. Não lhe passara pela cabeça de ligar a luz, por mais desconfortável que se sentisse no escuro.
No entanto, do outro lado do corredor, ouviu um barulho seco. Sentiu um ligeiro suor frio a percorrer-lhe o corpo.

« Talvez até não seja má ideia procurar o interruptor… »

Mas não teve tempo de se aproximar da parede porque poucos segundos depois ouviu uma pilha de livros cair no chão bruscamente, seguido de um guincho de susto.

« IIH! E diziam que aqui em casa só havia leitura leve! »

Miriam gelou por uns instantes, mas depressa conseguiu identificar o guincho. Claro! Tinha-se esquecido que um par de amigas dela tinha ficado a dormir em sua casa.
Iria levá-las consigo para o outro lado do mundo, mas por viverem demasiado longe da sua casa e o avião partir de madrugada, os pais das raparigas decidiram deixá-las dormir em casa dela naquela noite.
Depressa caminhou para o quarto de hóspedes e abriu a porta com um rude BAM! que fez a outra rapariga dar um salto de medo.

« É, só faltava deitar a porta abaixo também! »

« MELINDA! Explicas-me esta confusão toda? »

E apontou para uma enorme quantidade de livros e banda-desenhada espalhada pelo chão.

« Não sei se me atrevo. É melhor deixar isso para a tua imaginação. »

« Melinda, se vivêssemos num prédio tu já terias acordado metade do edifício com esta barulheira! Não admira que eu não consiga adormecer! »

Melinda arrepiou-se e fez uma careta de desagrado.

« QUANTAS VEZES, tenho de te repetir que odeio este nome? Se me chamares Melinda outra vez, atiro-te com os restantes livros à cara! Munny, curto e simples! »

« Ok, ok. Mas afinal o que aconteceu? Os livros morderam-te, foi? »

Munny fez um sorriso esguelha. Os olhos brilhavam naquele quarto pouco iluminado.

« Cessa de imitar gatos com esta cara e conta! »

« Já vai! » E tirou dois livros de cima da sua perna. « O que se passa é que tenho insónias e não consegui pregar olho. Vim à procura do interruptor e devo ter ido contra a estante. Acredita que o teu medo não foi nem um terço do que eu senti. Pensei que o céu me ia cair em cima! »

« Percebido. »

Ajudou a Melinda a pôr os livros de novo na estante, de uma ordem qualquer. Desde que se pudesse andar decentemente pelo quarto, que por si já não era grande, já se consideravam felizes.

« E a Pookie? Acordou também? »

« Não faço a mínima! »
Depois de terem arrumado os últimos livros, esgueiraram-se silenciosamente para o quarto da Katie.
Pouco sorriram quando viram a condição do quarto dela. Era ligeiramente maior do que o quarto da Melinda, mas com o dobro da confusão do que quando tinha espatifado os livros no chão. Roupas às montanhas, sacos de batatas fritas, as malas completamente abertas com metade do conteúdo espalhado de um canto do quarto ao outro…

« Quase sinto remorsos por ter abrido a porta… »

« Nayo, tens a certeza que tinhas problemas de sono por causa de MIM? »

Melinda referia-se à condição da outra colega. Ressonava a som alto, deitada de costas e completamente esticada pela cama inteira. Os lençóis estavam quase no chão, a almofada já lhe ia aos pés…

« O barulho dava para se dizer um cortador de relva. Se dizes que eu acordo metade de um edifício, com a Pookie já tínhamos um bairro inteiro à nossa porta!! »

Mariah e Melinda não pregaram olho o resto da noite. Também de pouco lhes servia porque depois daquela confusão toda e de um ataque ao frigorífico, conseguiam ver o sol nascer por detrás do lindo cenário de uma cidade brilhante cheia de luzinhas e os carros a dar vida à autoestrada a qualquer hora da noite. Mariah levantou-se e puxou as enormes cortinas da varanda do seu apartamento para deixar entrar os primeiros raios de sol.

« São cenários assim que me fazem ter pena de deixar esta cidade. Mas vamos divertir-nos bastante em Tóquio não vamos? »

Melinda, ainda com a torrada na boca, pôs o braço à volta dos ombros da amiga e, no meio daquele espectáculo de migalhas, um sorriso brilhante apareceu.

« Vamos divertir-nos bastante lá. E além disso, por alguma razão lhe chamam “Cidade do Futuro”! Tóquio vai abrir-nos os olhos! »

Por detrás de nós ouvimos um bocejo preguiçoso, seguido de uma exclamação de aborrecimento.

« Podiam ter-me acordado, caramba! »

Sem se voltarem, Mariah e Melinda continuavam na varanda a trincar o resto das torradas. No meio de duas trincadelas, Munny proferiu algumas palavras baixinho num tom de gozo:

« Se não foi possível com aquela barulheira toda, nem sei como seria possível de outra forma… »

Mariah tentou abafar um risinho, mas acabou por se engasgar ligeiramente com a torrada. Quando finalmente se recompôs, não conseguiu evitar de rir outra vez quando se virou para a cara da colega, que dava a entender ser vítima de mau humor matinal.

« Katie, se continuares com esta cara, daqui a pouco tenho um ataque! »

Essa estava pronta para retribuir no mesmo tom, quando a Melinda olhou para o relógio e ficou pálida.

« Raios, já são quase 7 horas! A que horas parte o avião exactamente, Nayo? »

Naquele momento, Mariah deixou cair os poucos bocados de torrada que tinha. Congelou. Pegou na Katie pela gola e sentou-a à mesa. Começou a ficar nervosa e a dar ordens.

« Munny, vai vestir-te se já comeste! IMEDIATAMENTE! Não demores séculos a escolher a roupa, não temos o luxo do tempo para isso! Quanto a ti… »

Deu o seu café à Katie e enfiou-lhe um par de torradas pela garganta abaixo. Essa ripostou logo e tirou as torradas das mãos da amiga.

« Tenho cara de quem precise de ajuda para engolir a comida? Trata de ti própria que ainda estás de pijama e com um cabelo de dinamite! »
Vendo a cara da Katie, Mariah apercebeu-se que não tinha outro remédio senão ir preparar-se. Não se atreveu a usar a idade como influência com alguém de demostrasse tão feio humor de manhã! A outra, ainda reclamava na cozinha consigo mesma.

« Daqui a pouco ainda vão usar pretextos para me vestirem também! Irra! »


****

- Meia hora depois, entram no avião… -

« Sorte é a Mariah viver a dois quilómetros do aeroporto! Senão nem sei o que seria de nós! »

« Trata de ficar quieta. Estás a dar pontapés no banco do rapaz da frente. »

Ouviu uns grunhidos nos bancos da frente. Melinda encolheu rapidamente as pernas e decidiu mudar de tema.

« Não faças esta cara Mariah! Olha, vamos descolar!»

« Ugh… É que fico sempre com a cabeça à roda quando descolámos e subimos. »

« Quanto tempo para chegarmos ao Japão? »

« Digamos que hoje não vais conseguir visitar grande coisa… E aconselho-te a dormir no avião, porque senão vais ter complicações com o fuso horário lá. »

« Alguém já passou da teoria à prática… »

Apontou para a Katie, que já estava esticada pelo banco a dormitar. Há quem não perca tempo, meu Deus! Quando viu que essa já ia recomeçar a ressonar, Munny tratou de lhe dar um empurrãozinho para ela se virar para o lado.

« Se ela recomeçar a ressonar, atiro-a pela janela quando fizermos escala nos Estados Unidos! »

Mas pouco se preocupavam com o estado da Katie. Naquele silêncio, preferiram olhar pela janela e sonhar acordadas.

« Vamos para Tóquio! Dá para acreditar? »

Vendo que não estava a obter resposta, Melinda deu uma cotovelada a Mariah. Continuou a não receber sinal, por isso virou-se para a cara da amiga e viu uma lágrima rolar-lhe pelo rosto.

« Então, então! Isso é suposto ser uma comédia, não um drama, caramba! »

A outra riu-se.

« Idiota! Não espicaces… »

« … Os mais velhos! Já sei as tuas queixas de cor, Nayomira! »

Depois de um longo dia num avião abafado, não conseguiram deixar de ficar surpresas quando descobriram que no Japão, só era uma hora mais tarde do que quando deixaram Portugal, embora tivessem passado um dia naquele avião a aturar o mofo e a comida fraca. A Katie espreguiçou-se e bocejou, arrastando a mala no chão e fazendo um barulho deveras irritante.

« Bolas, Pookie! A mala não tem rodas, sabias? »

« É pesada! »

« E queres que uma de nós a leve, é? »

« Porquê, queres? Não me importo nada! »

« NEM PENSES! »

« Pelo menos tentei. »

E lá seguiu, continuando a arrastar a mala pelo chão. A Mariah perdeu a paciência e fez o que qualquer adulto de bom juízo teria feito.

« POR MAIS BARULHO QUE FAÇAS, NÃO NOS VAIS CONVENCER A LEVAR O RAIO DA BAGAGEM! PERCEBESTE? »

Durante uns momentos, ficou tudo no silêncio. Até as pessoas da rua olhavam para elas. Desconfortável com tanta gente a olhar, Melinda pegou na mala.
« Dá cá o raio da mala. Mas olha que não censuro a Mariah por ter perdido as estribeiras contigo ! »

Mas a Katie não lhe deu a mala e abanou a cabeça.

« Desculpem, ainda não estou bem acordada. Não faz mal Munny, eu levo a bagagem. »

Desta vez levou a bagagem sem fazer barulho. Ninguém falou até chegarem ao apartamento. O barulho enervante da mala a arrastar anteriormente tinha-as deixado todas desconfortáveis e com um pouco de mau humor.
Mas quando abriram a porta do apartamento, a boa disposição apoderou-se delas de novo.

« Jasus! Isso é que é luxo! »

« Nayo! Meu Deus, quanto pagaste por este apartamento? Milhões?! »

Ao ver a cara surpreendida das amigas, Mariah esboçou um sorriso inocente. Adolescentes…

« Já estava a poupar dinheiro há uns bons anos… Além disso, com a bela quantia de dinheiro que recebi nos 18 anos e o que o meu pai me emprestou para a viagem para aqui, temos dinheiro que chegue e sobra! Simplesmente não exagerem! »

« Fala-se em exageros! »

« É mesmo! Nayomira, sinceramente, já topaste bem este apartamento?! »

Ficou a olhar à sua volta. Realmente, estava entre a espada e a parede. Não podia dizer grande coisa em sua defesa.

« Não resisti… » E soltou um risinho maroto.

As outras duas suspiraram. O feitiço tinha-se virado contra o feiticeiro.

« E depois ainda usas a tua idade como desculpa… »

« Está bem, está bem! Vá, vão desempacotar as vossas coisas! Vamos aproveitar estas férias da melhor forma possível! »

Demasiado possuída pela felicidade de estar em Tóquio, Melinda fez algo que nunca passaria pela cabeça de uma pessoa no seu perfeito juízo. Deitou as malas para cima do sofá e foi para o balcão da varanda, fazendo péssimo uso do pouco japonês que sabia.

« TÓQUIO, PREPAREM-SE PARA NOS ATURAREM NOS PRÓXIMOS DOIS MESES! »

Deixou as colegas completamente brancas. A Katie ainda se atreveu a olhar, escondida atrás da cortina, para a estrada lá em baixo. Sim, a multidão estava a olhar, muitos até tinham parado para perceber o que se passava.
Discretamente, conseguiram tirar a Melinda do balcão, agora paralisada pela vergonha do seu acto, fechando lentamente a janela da varanda.
Mariah teve outro ataque.

« Mas O QUE RAIO te passou pela cabeça? »

Katie, dando uma leve sacudidela à amiga, teve que a deitar no sofá, porque teve a vaga sensação que a amiga iria acabar por desmaiar se continuasse assim. Feliz por ser a única com miolos naquela situação, sussurou umas palavras baixinho para a Melinda.

« Nem se atrevam a dizer que sou a única que faz idiotices quando saímos! »

Incapaz de fazer muito mais, Melinda limitou-se a anuir com a cabeça. Dentro de si, rezou para que as pessoas que passavam naquela rua tivessem uma branca nos próximos minutos ou poderia ver-se numa situação apertada a próxima vez que sairia à rua.

As raparigas já tinham desempacotado as coisas, dando bastante mais vida ao seu novo apartamento. Riam e falavam confortavelmente.
Embora Melinda ainda estivesse envergonhada com o repentino instinto que lhe tinha surgido há uma hora, estava cheia de vontade de visitar Tóquio o mais depressa possível.
Vendo a ansiedade das amigas, Mariah sorriu e deu a mudança por acabada.

« Meninas, vim cá por razões familiares. Terei que ir visitar o meu tio hoje à noite e a partir de amanhã terei que vos deixar sozinhas durante os dias da semana tirando o fim-de-semana. »

« Vais deixar-nos trancadas em casa?! »

« Nem tentes! Isso já tenho que fazer em casa! »

« Acalmem-se! Por essa mesma razão, vamos dar uma volta esta tarde por Tóquio, para saberem as coisas principais e conseguirem safar-se sozinhas por aqui enquanto eu não estiver aqui. »

Portugal não era o lugar mais seguro para duas raparigas de 14 anos passearem, e as duas raparigas tinham a suas dúvidas sobre as ruas de Tóquio. Mas se a Mariah afirmava ser seguro com o mínimo de responsabilidade, porquê não?

« Ok! Embora! Vamos conhecer a melhor cidade do mundo! »

Cheia de entusiasmo, a Katie começou a rodopiar e chocou contra a janela da varanda, que ela, vai-se lá saber porquê, pensava estar aberta.
Melinda pegou na colega pelo braço e deu-lhe um pequeno abano para ela se recompôr.

« Nem vou perguntar… »

« Acredita, é melhor não… » Respondeu a Katie, ainda com a cabeça a zumbir.

Do outro lado da sala, Mariah esperava pelas duas raparigas. No fundo, preocupava-se um pouco com a falta de juízo que as duas demostravam ter, mas sabia que elas tinham pelo menos um miolo no fundo do cérebro que faria com que elas se safassem sozinhas.

« Se quiserem vão amanhã sozinhas… É que não temos mesmo todo o dia! »

Sem saber como, Mariah conseguiu finalmente arrastar as raparigas para fora do apartamento. Quando saíram do apartamento, quase chocaram contra uma velhinha baixinha e magra no corredor.
As raparigas olharam para ela. Tinha o cabelo tão claro, que o cinzento roçava o branco. Era comprido, fortemente apanhado num carrapito em cima da cabeça, como quase todas as velhinhas. A mulher olhou para cima, com os seus olhos minúsculos e a sua boca fechou-se duramente.
De repente, a velhinha começou a balbuciar japonês tão rápido que só a Mariah conseguiu perceber o que a mulherzinha tinha dito.

« Três estrangeiras? O edifício não é nenhum parque de diversões! Moderem os vossos comportamentos ou vão ter de se confrontar comigo! E ai de vocês se se atrasarem com a renda! »

A mulherzinha abanava uma pequena cana no punho na direcção das raparigas. A Katie ficou sem fala, e a Melinda tentava apanhar umas poucas palavras, mas desistiu por causa da rapidez com que ela falava e virou-se para a Mariah à espera de uma tradução.

« Mas o que é que ela disse? Uma espécie de trava-línguas ou algo assim?! »

« Tenho a vaga impressão que é mãe do dono do edifício. »

« Porquê? Conhece-la? »

« Conheço o dono. »

E depois virou-se para a velhinha.

« Com todo o devido respeito senhora, poderia dizer-nos o seu nome? » E fez uma vénia típica como os japoneses faziam quando queriam mostrar boa educação. A mulherzinha voltou a falar depressa.

« Takashi Yuko, minha menina. Tens uma boa mina, mas vê se controla estas duas coisas maluquinhas atrás de si ou terei que lhes dar uma lição sobre a responsabilidade dos adultos! »

Mariah corou, mas Melinda percebeu a maior parte do que a mulher tinha dito. Lentamente mas num sotaque controlado, dirigiu-se à Yuko num tom calmo, mas de aviso.

« Somos apenas adolescentes, minha senhora. Não se deixe enganar pelo tamanho. » E imitando a Mariah, fez uma vénia, seguidamente voltando a olhar para a mulher.
A Yuko aproximou-se de Melinda e fitou-a de alto a baixo. Depois abriu a boca de espanto.

« Nunca tinha visto olhos tão redondos e abertos aqui no Japão! A menina tem olhos como os dos gatos! »

A Katie aproximou-se por detrás e arrastou umas poucas palavras em japonês, surpreendendo toda a gente com o forte sotaque português.

« Permita-me corrigir, tem é a manha de um gato! »

Dando uma leve cotovelada à Katie, a Melinda apercebeu-se que a mulher pouco se importou com aquele comentário. Desta vez, dirigiu-se em passinhos curtos para a Katie, mandando-a baixar-se.
Surpreendida, a Katie faz-lhe este favor, recebendo poucos segundos depois um valente apertão nas bochechas.

« AUU! O que foi isso? »

« Cão que ladra não morde. »
E a velhinha afastou-se das raparigas, dirigindo-se à sua suite no piso de cima. Surpreendeu-lhes o facto da mulherzinha seguir pelas escadas em vez de ir pelo elevador.
Quanto ao provérbio, nenhuma das raparigas conseguiu perceber o que a Yuko tinha querido dizer com aquilo.

« É bom que paguemos a renda a tempo ou ainda me arrisco a levar com outro daqueles apertões! Bolas, estou toda vermelha! »

As raparigas passaram o dia a passear nas ruas de Tóquio. Quanto à Katie, essa não resistia à mínima coisa adorável que visse nas vitrinas e Melinda teve que a puxar pelo menos 10 vezes pela manga para irem à próxima loja.

« Anda lá! Se não queremos apanhar fila no restaurante de ramen é bom que largues as lojas! »

Depois de muito esforço, muitas lamentações, finalmente conseguiram arranjar um bom lugar no restaurante. Tinham chegado a mesmo a tempo, porque logo depois de se sentaram, já viam a grande fila a formar-se à porta do restaurante.

« Bolas! Foi mesmo em cima da hora!! »

Naquele momento, ouviram o cozinheiro a gritar na cozinha. Ninguém se deu ao trabalho de tentar sacar algo da discussão, por mais curiosas que fossem. Continuaram a comer.
Quando finalmente o cozinheiro parou de gritar, viram uma rapariga tirar o avental e correr pelo restaurante fora, lavada em lágrimas. Todos os que estavam no restaurante sentiram-se mal e um tanto desconfortável.
Ainda ouviram a rapariga quando estava à porta, entre dois soluços.

« Neste caso, DEMITO-ME!! »

Nem o cozinheiro proferiu palavra. Estava envergonhado. Todo o restaurante ficara com uma impressão negativa sobre ele. Viam-se até algumas pessoas a sair da fila para irem a outro restaurante.
Mal esperando por sair dali, Mariah pediu três taças de morango. Esperou até o empregado se afastar para retomar a conversa.

« Quanto mais cedo sairmos daqui, melhor. »

« Até fiquei um pouco assustada. Coitada da rapariga! »

Quando viram o empregado com o tabuleiro, calaram-se de novo e puseram-se a olhar para a janela. Quando o moço poisou as taças na mesa, via-se que ele também não tinha ficado feliz com a situação.
Pouco antes do empregado sair, Melinda agarrou-o pela manga.

« Desculpe… Mas acho que se enganou. » E pegou na taça. « Pedimos morangos, creio que isso seja gelado. »

O cozinheiro corou e não disse palavra. Naquele momento, um rapaz que estava na outra mesa virou-se e sorriu. Era girinho, da idade da Mariah, se não fosse mais velho.

« Creio que isso seja teu… »

Pegou na taça que tinha sido entregue à Mariah e trocou-as. Mas não antes de tirar um morango da taça que lhe tinha sido entregue por engano! Irritada com a horrível educação do homem, Mariah tirou-lhe rapidamente o morango das mãos e virou-se.
« Como disse, isso é meu, obrigada. » Disse num tom seco, voltando à sua taça de morangos. A Melinda trocou as respectivas taças, cumprimentando os rapazes. Katie suspirou e disse baixinho num tom de lamento:

« Que pena, nem um giro tirando o gajo da Nayo… »

Vendo que a outra ia-lhe provavelmente atirar os morangos à cara, Melinda tirou-lhe a taça das mãos e mudou de assunto:

« Acho que são coreanos. Pelo menos ouvi dois deles a dizer algumas palavras coreanas. »

Mariah tirou o que lhe pertencia das mãos de Melinda e engoliu os morangos, ainda aborrecida.

« Coreanos sem maneiras!! »

Acabaram as taças e saíram imediatamente do restaurante. Mariah ficou estava cheia de raiva. Melinda tentou fazer com que a Mariah voltasse a rir e ficar de bom humor.

« Com esta cara as pessoas diriam que irias bater no próximo coreano que vires à frente! »

« Quem me diz que não o vou fazer? »

Katie bocejou e sorriu num tom trocista.

« Fácil. Porque não o sabes destinguir! »

A Mariah não estava mesmo com disposição para as piadas da Katie. Odiava tanto aquele rapaz! E os seus amiguinhos, que se limitavam aí a rir da situação na sua cara!
Mergulhada num estado irritável, não fazia a menor ideia do que se passava à sua volta e chocou contra uma rapariga pouco mais nova que ela. Ainda meio aluada, Mariah pensou que tinha chocado contra uma arvore, mas quando viu a rapariga estendida no chão ajudou-a imediatamente a levantar-se, pedindo desculpas repetidas vezes.

« Tudo bem, não foi nada! Eu também sonho acordada às vezes! »

Mas Melinda reconheceu a rapariga.

« És aquela rapariga do restaurante, não és? »

O sorriso no rosto branco da rapariga desvaneceu-se como uma nuvem de fumo. Mas abanou a cabeça e voltou a olhar para elas com um sorriso amarelo.

« Ninguém no seu perfeito juízo aguenta aquele morcego com pêlos no queixo! »

Riu-se e tentou mudar de assunto.

« Sou a Haruka. Sano Haruka. São estrangeiras, não são? Americanas? »

« Portuguesas. Prazer! »

E uma a uma, foram-se apresentando. A tristeza no rosto da Haruka pareceu ter completamente desaparecido. Bolas, o humor daquela rapariga vinha, ia, e voltava!

« Fixee!! As minhas primeiras amigas portuguesas! »

Já era de noite. As raparigas tinham feito novas amizades (umas deram para o torto, no lado da Mariah) e estavam felizes com o seu primeiro dia em Tóquio.
Agora só queriam era comer uma boa refeição quentinha e aterrarem para cima das camas.
Melinda estava a ajudar a Katie a pôr ordem em todas as ninharias que varreu por toda a cidade, desde centros comerciais até pequenas lojas locais de bugigangas. Pouco depois, deu pela falta de algo.

« Não consigo encontrar o meu caderno!! »

Mariah, que estava na cozinha a preparar o jantar, apareceu a correr no quarto das colegas. Quando viu-as a saltar de um lado para o outro, suspirou.

« Bolas! Com gritos destes as pessoas pensariam que tinhas partido algum osso! »

« Não te armes em engraçadinha! Perdi o meu caderno! Que faço?? »

« Tanto alarido por um caderno. Deves tê-lo deixado na paragem quando anotámos o número da Haruka. Vamos lá buscá-lo amanhã! »

« Mas é o meu maior bem! »

« É só um caderno. »

« Tenho fotos importantes, apontamentos muito muito importantes, o número de casa… »

A cabeça da Katie surgiu num monte de roupas.

« Não sabes o teu número de casa de cor?! »

« Não é a melhor altura para isto. Não me venham dizer que não é importante! Tem lá o meu número e a nossa morada! »

« Ok, acalma-te. Vamos lá amanhã. Não passa lá quase ninguém, duvido que alguém o deve ter encontrado. »

« Esperem um pouco… »

Melinda e Mariah olharam, surpreendidas, para a Katie, que andava de gatas e farejava os minimos cantos do quarto com uma cara tão séria que dava vontade de rir às amigas. Finalmente, parou e levantou-se.

« Que cheiro é esse? Andaram a queimar baratas ou quê? »

Mariah estava horrorizada.

« OH NÃO! A CARNE!! »

E voltou a correr para a cozinha, deixando as colegas perdidas de riso no quarto. Felizmente chegou a tempo e tirou a carne do forno o mais depressa possível.

« Que duas! Mais um pouco e iríamos ter um jantar torradas! »
Pôs os pratos na mesa e sentou-se. No fundo, estava ligeiramente preocupada.

« Número e morada… Tomara mesmo que ninguém encontre o caderno. »

Abanou a cabeça e tirou aquela expressão do rosto.

« JANTAR! Olha que não aqueço de novo!! »


****
- Entretanto, na paragem de autocarro… Alguém tropeça no caderno. –

« Raios! O que é isso? »

Pegou no pequeno caderno azul e abriu-o.

« Sei que não é suposto vasculhar em coisas assim, mas não vou deixar isto aqui. »

No canto da capa, leu baixinho:

« Melinda C. Wilson. Uma estrangeira ainda por cima! Isso vai ser lindo… »

Na última folha, encontrou a morada e o número. Quando o fechou de novo, viu uma foto de três raparigas cair do caderno.

« Ah, mas são jovens! »

Sorriu, levando o caderno consigo nos braços. Não, deixá-lo ali não.

« Vou divertir-me um bocado… »

Enquanto, naquele preciso momento, as raparigas estavam no seu novo apartamento, brindando ao seu primeiro dia em Tóquio.

« Um brinde às férias felizes e sem problemas! »

« Que tudo corra bem e que sejam as melhores férias do século! »

« Amén! »

Mas será? Esperemos que sim. Para a segurança delas, esperemos que sim…


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COMENTÁRIO DA MUNNY: Pronto, até agora só fiz até aqui! XDDD
Sim, as minhas FanFics sao enormes ao ponto de ja tarmos no capitulo IV e ainda nao haver os DBSK XDD ( ou haverá? Hihihih)
Vá, e nada de adormecer! :-.-:
Vou continuar ^-^ Acho que ainda posto alguma coisita hoje.

o-obrigada!!!!!!!!! yatta!!!!!!!!! woot! **dances** ganda nayomira!!! convenceste-a!!
obrigada munny-chan!! tá lindo... tens mesmo jeito.... e eu adorei a fic até agora! lol a maneira como descreves as situações e os dialogos entre elas está muito engrançado e bem feito!
ri-me tanto quando a katie bateu no vidro da janela..... to mesmo a ver... ahahah :rir: :rir: :rir: fizeste-me lembrar uma amiga minha que fez exatamente a mesma coisa! xD
e a munny-chan! ahahah "tokyo preparem-se para nos aturarem durante 2 meses!!!" ai que vergonha! eu confesso que já fiz uma coisa assim parecida... (:(hahaha): q-que não tinha nada a ver com atirar baloes de agua nos vizinhos mais irritantes do mundo!,e-etto... não claro que não heheheh :b): ) e tambem morri de vergonha quando me apanharam lol
estou a adorar.... são poucas as fanfics (em especial em portugues) que me fazem rir, mas tu conseguiste-o com muita facilidade, obrigada~~!!
ficou a espera dos novos capitulos! e obrigada por postares!!! :D:
bjs :bjs:

No dia seguinte, Melinda e Katie tiveram que se safar sem a ajuda da Mariah, que tinha ido ver o seu tio. Estava na hora do almoço e as duas raparigas viam-se num aperto.

« Bolas Katie! Queimaste as crepes outra vez?! »

« Vem cá fazê-las tu então! Porque assim não vamos longe! Reduziste a carne a um pedaço de carvao!! »

« Acho que não temos mesmo outro remédio senão dar umas voltas pelo parque ver se encontramos alguém que venda takoyakis ou outra comida. »

Saíram de casa e seguiram em direcção ao parque. No caminho encontraram a Haruka, que lhes indicou a melhor tasquinha de takoyakis do lugar. Contaram à Haruka que tinham perdido um caderno com informação pessoal na paragem, mas esta riu-se.

« Não, provavelmente ninguém deve ter lá passado. O lugar onde estávamos é praticamente um deserto. Vamos lá buscá-lo depois de comermos! »

Finalmente acabaram de comer e foram dar um passeio, passando pela paragem para ir buscar o caderno. Conversavam alegremente. Haruka contou-lhes que tinha arranjado um emprego em part-time na loja da prima dela e estava radiante.
Mas a conversa animada cessou quando chegaram à paragem. Não havia sinal do caderno.
Haruka sentia-se envergonhada por ter dito que ninguém teria tirado o caderno.

« Não fazia a mínima… Acreditem, não passa aqui ninguém, ou quase ninguém mesmo. Era quase impossível alguem vir aqui e pegar nele mesmo aqui atrás das caixas. »

« Não faz mal! Deve ter sido a Mariah que passou por aqui antes de ir para casa do tio, pensando que nos iríamos esquecer! »

Haruka fez um sorriso forçado.

« Hm, pois… Deve ter sido… »

Não estava convencida com aquela história. Haruka sabia que raramente alguém passava por aqui, e eles não iriam prestar atenção a um caderno qualquer caído no chão atrás de umas caixas sujas. Para alguém se ter dado ao trabalho de empurrar as caixas imundas e posto os pés nas poças de água para lá chegar, não poderia ter boa intenção.
No entanto, preferiu não alertar as raparigas. Estavam tão felizes! Tinham-se divertido imenso na viagem! Tanto que a Melinda esqueceu-se de tirar o telemóvel do silêncio e não ouviu a chamada que recebera no meio do parque. Do outro lado da chamada, alguém suspirava num tom de aborrecimento.

« Raios, não atende… Não me digam, perdeu o telemóvel também, foi?! Sinceramente… Como é que lhe devolvo o caderno desta maneira?? »

****
- Naquele momento, enquanto as raparigas seguiam com o seu passeio… -

Mariah estava à porta do tio, esperando pacientemente que alguém lhe viesse abrir a porta. Tocou à campaínha duas vezes, mas ninguém respondeu. Perdeu a paciência e tentou abrir a porta. A fechadura fez um barulho metálico, mas a porta estava destrancada, por isso a Mariah conseguiu abrir a porta sem fazer barulho.

« Está aí alguém? »

Não obteve resposta.

« Tio? Alguém? Cheguei! »

Continuou a não obter resposta.

« Olha que vou entrar! »

Procurou o interruptor e acendeu a luz. Tinha à sua frente um pequeno corredor. Era uma casa japonesa simples, pequena… Mas deveras desarrumada.

« Céus, esse homem faz mais porcaria do que aquelas duas juntas! »

Viu restos de comida no lavatório, a televisão ligada, a cama por fazer, roupa interior (ROUPA INTERIOR!!) nas cadeiras da sala de jantar… Meu Deus. Mariah sentiu uma certa vergonha de admitir que tinha alguém assim na família sem ser ela própria.

« Esta casa deu-me realmente vontade de tratar melhor das minhas coisas. »

Deu umas voltas pela casa para confirmar que não havia mesmo ninguém e saiu. Quando ia descendo as escadas da porta da frente, tropeçou num rapaz que a segurou mesmo a tempo antes de ela se estampar pela rua abaixo.

« E-Estás bem? »

Corando, Mariah tirou o cabelo da cara.

« Sim, obrigada… »

Mas quando viu quem era o rapaz… O choque!!

« TU!!! »

O rapaz também ficou pasmado. Mariah ficou furiosa!

« TU ÉS O GAJO MAL EDUCADO DO RESTAURANTE!! »

Fingindo ter sido alvejado, levou a mao ao coração fazendo uma expressão de dor e gozo ao mesmo tempo. Riu-se e tirou a franja da cara.

« Podias era mostrar um pouco de gratidão! Se não fosse eu tinhas rebolado pela colina abaixo! »

Mariah ficou vermelha. Tanto de raiva como de vergonha. Mas acalmou-se. Raios, tinha que perder aquele mau hábito! Detestava o seu mau génio.

« Pronto, estamos quites. Mas não voltes a roubar-me morangos! »

E afastou-se dali. Que azar! E que dia!

« Nada podia correr pior hoje! Mal posso esperar para enterrar a cara na almofada e só acordar amanhã! »

Naquele momento, recebeu uma chamada. Olhou para o ecrã do telemóvel, mas não reconhecia o número. A bem ou a mal, resolveu atender na mesma. Era um número japonês.

« Sim? Quem fala? »

Do outro lado da chamada, ouvia uma mulherzinha nervosa quase a berrar.

« O seu tio está num estado horrível! Venham depressa ao Hospital Central! »

Por uns segundos, Mariah congelou. Ouvia a vozinha no telemóvel a gritar.

« Estou? Mariah? ESTÁ AÍ? »

O telemóvel caiu ao chão, desligando-se. A chamada foi cortada. Mariah ficou ali, de pé, com duas lágrimas a escorregarem pelo rosto.


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COMENTÁRIOS DA MUNNY;
Aqui têm, mais outro! Já tenho ideias para o Cap. VIII xDD
Esse já mete um bocado mais de tragédia, especialmente para a Mariah(Nayomira XD)
Obrigada ah Nayo e ah Ariatas por terem gostado e comentado! ^-^

Nayo ~ Pus-te de mau humor porque é assim que acho qe serias *cough* Gozo. Adoro-te coisa fofa <3

Ariatas ~ Fico feliz qe te tenha feito rir! xD E o qe eh qe a menina anda a fazer com balões de água, hein? Bah, eu também não sou nenhum anjo. Isso já inclui ter qe tirar caca de cão do nosso jardim como castigo e po-los todo po jardim do lado porque tava com preguiça de levar aqelas coisas nojentas ate o caixote do lixo >_> Vergonha todos passamos! :rir:

hihihi :b): to a adorar!
hehehe a casa do tio! a reaçao dela á roupa interior! xD ROUPA INTERIOR! ahahahah
ahhhh quem será que apanhou o caderno e esta a telefonar! uh! alguem dos DBSK...? ?): eles são famosos nesta fanfic,tipo vida real certo?
ahhh o q s passou com o tio?
que cliffanger! deixaste-me mesmo naquela.... "o que? não...! eu quero saber o que se passou com o tio!" xD
e com rapazinho dos morangos tambem (é mesmo gozao! xD) será q é ele q a vai ajudar agr?
obrigada e fico a espera!!!
:D
bjs :bjs:

Ainda bem que gostas, Ariatas! Sim, eu adoro fazer cliffhangers xDD
Sim, eles são famosos na fanfic, por isso eh que nao mudei os nomes deles. ^_^

Se calhar ponho o proximo capitulo hoje, se a inspiraçao nao desaparecer XD

yatta! põe! põe! ahhhhh.... quer dizer.... sem pressão... se não tiveres inspiração não ponhas!
ahhh... tu! cliffangers! é pior coisa pra mim... tô naquela.... cara pertinho do ecra a ler atentamente... e depois.. BAM! vemo-nos no proximo capitulo... ás vezes juro que quase que xoro! :xoro: xD

bjs :bjs:

ahahaha Ai ai Nayo... nervosinha hm? O que é que os moços lhe fizeram para ela ficar ofendida? Não percebi... lol

"Cheia de entusiasmo, a Katie começou a rodopiar e chocou contra a janela da varanda, que ela, vai-se lá saber porquê, pensava estar aberta." isto já me aconteceu... :b): no Oceanário de Lisboa ficou tudo parvo a olha para mim :rir: mas niguém apanhou maior susto que eu!!!

A Katie tem sérios problemas de sono... lol

A Munny ainda é a que parece mais normal :rir:

Dois meses em Tokyo... I wish...

Esperando o resto

:bjs:

As raparigas estavam todas no hospital. Haruka deu um abraço à Mariah e saiu. Não queria meter-se nos assuntos familiares de amigas que apenas conhecia há tão pouco tempo. Desejou-lhes as melhoras e saiu do Hospital.

« Podem entrar. Ele já acordou. »

As raparigas entraram todas no pequeno quarto do tio da Mariah e abraçaram-no. Todas conheciam-no e ele conhecia-as desde que as raparigas ainda usavam fraldas.
O homem já era velhinho, na casa dos 70 anos. Era o irmão mais velho do pai da Mariah, tendo idade suficiente para ser o avô dela. Saudou as raparigas na sua voz rouca mas clara.

« Então! Nada de chorar aqui pelo tio Lionel! Isso é crime! »

As raparigas ouviram a voz de uma enfermeira que estava à porta.

« Ponham a conversa em dia rapidamente. Daqui a 5 minutos o teu tio tem que ser examinado. »

O Lionel pediu para falar com a sobrinha a sós, para lhe explicar a razão porquê é que a tinha chamado com tanta urgência. Katie e Melinda despediram-se dele saíram pela porta. Mariah sentou-se ao pé do tio.

« Então velhinho, como vai isso? Porquê é que me chamou com tanta urgência a semana passada? »
« Receio que não tenha muito tempo de vida, minha querida. »

« Não brinques com isso! Estás muito bem! Admira-me uma pessoa da tua idade conseguir andar! »

« Quem me dera ter a certeza se algum dia voltaria a dar mais um passo… »

Mariah começou a preocupar-se. Pensou se o tio tivesse dito aquilo por brincadeira ou se estava mesmo a falar a sério. Quando queria, o homem tinha sérios ataques de pessimismo.

« Complete a frase: Chamou-me para o Japão, porque… »

O Lionel calou-se por uns momentos. Mordeu os lábios. Nunca gostou de mostrar o seu lado fraco nem de ser directo em situações destas.

« Quis ver alguém da família antes de… Tu sabes… Bater as botas? » E esboçou um sorriso amarelo. « Sei que não fui nenhum anjo quando estava em Portugal e que a família não gosta nada da ideia de ter vindo para o Japão. Mas acredita, aproveita estes tempos em Tóquio, porque foram os melhores tempos da minha vida! »

Mariah sentiu-se desconfortável. A família pouco falava do seu tio Lionel e ele tinha feito algumas coisas más no passado, mas sempre a tinha tratado a ela e às suas amigas como se fossem as suas filhas.

« Sei que eras a única que gostava do Japão… Por isso não pude chamar mais ninguém. »

« Pára com isto. Tu não vais morrer! Eu sei que não vais morrer! » Mariah continha as lágrimas no canto do olho. Tinha herdado o orgulho do seu tio, e não gostava de se mostrar fraca. « Sempre foste forte! Porquê é que estás tão pessimista assim de repente? »

O Lionel suspirou. Tinha chegado a altura…

« Mariah, há três anos foi-me diagnosticado uma doença terminal. Não me peças o nome, porque é impronunciável! »

Mariah ficou calada. O quê? Como é que nunca chegou a saber disso?

« Então por isso é que vieste para o Japão? Porquê é que nunca me disseste? »

« Eu partilhava o teu sonho de algum dia vir para o Japão. Como eu sabia que não me faltariam muitos anos, peguei no dinheiro da reforma e vim aqui viver com o meu antigo colega de faculdade. Os ares do Japão fizeram-me bem, mas nos ultimos tempos a minha situação piorou. Não suportei a ideia de não voltar a ver-te, e ganhei dois em um tiro. Pude ver-te, e tu pudeste concretizar o teu grande sonho. »

Mariah nesta altura pouco se preocupava em conter lágrimas. Qual orgulho, qual quê! O seu tio não era o monstro que a sua família criticava em Portugal! Era mil sombras melhor do que qualquer um deles!
« Não te preocupes. Estou aqui. Estamos aqui, nós as três. »

Mas o seu tio não lhe respondeu.

« Uh? Tio? »

Lentamente, o Lionel fechou os olhos e Mariah reparou que o aperto de mãos do seu tio tinha perdido a força. De repente, uma maquinaria qualquer médica (o quê, pensam que eu sei o nome de cada uma delas? -_-‘) começou a apitar. Viu duas enfermeiras e um médico entrar no quarto. Que raio tinha acontecido? Teria feito alguma coisa? Mexera nalgum fio?? Uma enfermeira trouxe-a calmamente para fora do quarto e ouviu o médico a falar lá dentro.

« Ritmo cardíaco a 0. Tragam as pás! »

Mariah não conseguiu ficar ali. Sabia que o seu tio também não queria que o visse naquela situação. Afastou-se dali e chocou contra alguém no corredor do hospital.

« Então, então! Nada de correr nos hospitais! »

Mas daquela vez, Mariah reconheceu a voz do rapaz. Afastou-o com os braços e manteve a seriedade. Mesmo a última pessoa que queria ver naquele momento!

« Baza! Não tenho tempo para as tuas piadinhas agora! »

« Bolas, encontro-te em cada esquina! »
O rapaz ainda ia dizer uma piada qualquer, mas reparou que Mariah estava num estado fora do normal.

« Uh? Estás a chorar? »

« Força! Faz gozo disto! Tenho mais que fazer! »

« Não faço nem quero. »

Mariah ficou surpreendida. Será que, por momentos, aquele rapaz horrível tinha demostrado ter coração? Que lindo, onde será que o guarda? Virou-lhe as costas e preparou-se para voltar, quando sentiu algo a contornar-lhe as ancas.

« Onde pensas que vais? »

« T-Tira as patas de volta de mim! Larga-me! »

Mas não largou. Aproximou-se devagarinho e deu-lhe um abraço.

« Mas o que… »

« Esquece um pouco as nossas disavenças. »

Virou-se para ela e limpou-lhe as lágrimas. Mariah não aguentou mais. Despejou todos os litros de lágrimas possíveis, agarrada ao rapaz.
Podia ser horrível quando quisesse, mas sentia-se bem quando estava com ele. Como se o conhecesse há muito tempo.
Finalmente as lágrimas pararam e esboçou um sorriso.

« Sou uma idiota. Ando por aqui a jorrar cascatas e nem sei o teu nome. »

O rapaz sorriu.

« LeeHo. Yung LeeHo. »

De repente, viu a Melinda e a Katie, ainda com lágrimas nos olhos. As raparigas nem sequer perguntaram sobre o rapaz, mal o reconheceram ao princípio. Limitaram-se a dar as más notícias.

« Não conseguiram… Lamento. »


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COMENTÁRIOS DA MUNNY:
Pronto, este capítulo ta bem grande pah XD Mas as palavras nao paravam e nao consegui por dois capitulos numa so cena. Simplesmente nao encaixava. Este eh mesmo tragedia, nao ha assim aquele cheirinho a comédia a pairar no ar :b):
Hihihih! E a Nayomira toda passada a pensar qe o rapaz dos morangos era um dos DBSK... Mwahahah!

EDIT:
                                                                **N    a    yo    mi    ra         // Luna...     diz (0:19):
mas o k é k tu estas a planear???? kem é ext gaijo?? ond esta o -Nome Secreto-??? *porra, kem m ouvir!!! xDD*


                                                                **N    a    yo    mi    ra         // Luna...     diz (0:30):
NAUM ACREDITU!!!! S M METES COM EXAS CENAS COM O -Nome Secreto- EM SEI K T FAÇO!!!!! LOOOOOOOOOOOL!!! EU NAO VOU PA CAMA COM AKELE GAIJO!!!!!!!! LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL!!!!!!!

ohhh :xoro: :xoro:

A parte do rapaz foi incrivelmente esquisita :rir: Oh well... é um drama

Continua imotto-yu-chan ^^

:bjs:

Como eu tenho vontade de te dar uma lambada!!! kem raio é o LeeHo??? eu n dou permissao para m limparem as lagrimas!!!!!! olha k hixtoria!!! onde esta o -nome secreto-???? andas a planear alguma e eu vou odiar!!! xDD lol!! xDDDD d klkr forma...cliffhanger...agarra-m pelas ancas...*suspiro* :>.<:

Esse LeeHo... hmmm... muito atrevidinho para asiático não??? :rir: E eu que pensava que eles eram conservadores e timidos :rir: ahhh como me engano... lol GO NAYO! Apoio a relação!!! (JunSu's MINE!! ALL MINE!! Se ele estivesse aqui dava-me um pontapé lol)

Ahahahah, a Nayomira ainda nao recuperou do que eu lhe disse! Eu disse-lhe qe iria haver coisa má nos amores qe já inclui um DBSK XDD
E quanto ao JunSu dar-te um pontapé, era já a seguir! Eu dava-lhe outro e ele ia a voar pah Austrália! :-.-: Xôô!
Ya, atrevidinhos asiáticos são os melhores 8D

Tinha passado uma semana desde a morte do tio Lionel, mas as raparigas sabiam que a última coisa que ele quereria seria que passassem os próximos tempos a lamuriar nos cemitérios.
Por isso desfrutaram o máximo que podiam nesta semana. Tornaram-se grandes amigas do LeeHo e da Haruka, e encontravam-se todos os dias nas tasquinhas de takoyaki no parque.

« Mariah, nunca chegaste a saber porquê é que o teu tio precisava de ti 5 dias por semana? »

Engoliu um takoyaki num trago. Mariah já não se sentia triste por falar do seu tio. Estas conversas não lhe lembravam a sua morte, mas os bons tempos que passara com eles quando era pequena.

« Nem por isso. Estou curiosa, mas parece que nunca vamos chegar a saber! »

« De qualquer forma, estamos todos aqui. Se precisarem de algo, digam. »

O LeeHo é que tinha acabado de falar. Era giro, ver como aqueles dois tinham começado tão terrivelmente e acabado com uma relação tão forte! Claro que também era um grande amigo da Melinda e da Katie e via-as como irmãs mais novas, mas suscitava um carinho especial pela Mariah, que por si, parecia não reparar. Como sempre, dava razão à sua faceta de durona.

« Não há razão para se porem com penas. Já disse, estamos todas bem! E assim, não é preciso passar quase toda a semana separada de vocês! »

E continuaram a conversar. A semana tinha-lhes corrido incrivelmente bem, e as raparigas já quase tinham esquecido os problemas passados. Pelo menos, até a Melinda ter recebido uma mensagem de uma colega dela naquele momento e ter ficado chocada quando olhou para o ecrã do pequeno telemóvel branco.

« Olha! Tenho uma chamada não atendida! »

Katie pegou no telemóvel. Ficou horrorizada.

« É DE HÁ UMA SEMANA! Valha-me Deus, só reparaste agora?! »

Melinda abafou um riso metendo um takoyaki inteiro na boca. Demorou bastante a mastigá-lo e só abriu a boca depois de o engolir por completo.

« Só carreguei o telemóvel esta manhã. »

« Sinceramente, tu… Vá, vê lá de quem é! Estou curiosa! »

« É… É um número japonês. »

Por alguns instantes, puseram-se a pensar. Ninguém, a não ser eles 5, sabiam o número da Melinda. Só a Haruka chegou à resposta. Bateu com a palma da mão na testa e gritou.

« É ISTO! O caderno! Foi a pessoa que apanhou o caderno! »

« É verdade! Todas esquecemos o assunto pensando que tinha sido a Mariah a apanhá-lo e nunca chegámos a perguntar-lhe visto que não precisei dele! »

Mariah fitou as raparigas com uma cara aborrecida. Já bastava a Katie e a Melinda, a Haruka também tinha que se juntar ao grupinho das esquecidas? Lindo…

« Mas não apanhei nada. Vocês saíram cá umas… »

« NEM PENSES! Tu também não te deste muito ao trabalho de te lembrar! »

Amuando, virou-lhes a cara e pegou noutro takoyaki.

« Hmph. O caderno não é meu, de qualquer maneira. »

Quando pôs o takoyaki na boca, reparou que o LeeHo estava a olhar para ela a tentar conter um riso.

« Não comeces tu também! »

Vendo que a discussão entre a Mariah e o LeeHo ia-se prolongar, Katie e Melinda deixaram a Haruka servir de almofada e agulhas e afastaram-se para uma área mais vazia do parque.

« Achas mesmo que é o número da pessoa que apanhou o caderno? »

« Não vejo mesmo outra forma de terem conseguido o teu número… »

« Então achas que deva arriscar e telefonar? »

Katie sorriu e anuiu.

« Arrisca! »


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COMENTÁRIOS DA MUNNY:
É isto! No próximo capítulo (no maximo no capitulo a seguir ao proximo, mas tenho a certeza que consigo fazer com que o vejamos no capitulo X) vão saber quem é a pessoa estranha ao telefone! Já passamos uma fase trágica, agora precisamos de algo apimentados para voltar a dar vida às nossas três amigas que superaram a morte do Tio Lionel muito corajosamente! O que será que vem aí? *-*
Hoje só pude fazer um, a minha mãe não está propriamente num estado normal e não tive tempo para me dar ao luxo de voar pelo mundinho da imaginação e encontrar inspiração para a FanFic. Hoje se calhar ainda ponho outro capítulo! ^-^

Eu não digo nada. O -Nome Secreto- aparece quando tiver que aparecer! xDD
Até lá... TRATA DA TUA FANFIC MAZÉ! :-.-:
Siiim, tens mau feitio, mas és a minha coisa única *-* Bgda por me teres ajudado ao longo da FanFic xDD (nem qe seja com aquelas queixas todas estilo a nossa conversinha de ontem... <_<)

Milu escreveu:

Ahahahah, a Nayomira ainda nao recuperou do que eu lhe disse! Eu disse-lhe qe iria haver coisa má nos amores qe já inclui um DBSK XDD
E quanto ao JunSu dar-te um pontapé, era já a seguir! Eu dava-lhe outro e ele ia a voar pah Austrália! :-.-: Xôô!
Ya, atrevidinhos asiáticos são os melhores 8D

E eu dava-te outro imotto-yu-chan :-.-: que é isto a pontapear o meu JunSu :(hum): lol *kidding* obrigada por me protegeres querida ^^ *hugs and kisses imotto-yu-chan*

ahhhh mas que curiosidade!!! Ah rapariga que assim ainda me matas do coração!! Bom vá eu tenho paciência... ufff

Estou esperando!! lol

:bjs: